Em 1605 foi publicada a primeira edição de “Dom Quixote de La
Mancha” de Miguel de Cervantes. Inspirado nesta obra, Oscar Von Phuhl escreveu
Dom Chicote Mula Manca, que recentemente a Cia de Arte Suprema, dirigida por
Amaury Santos resolveu montar. Trata-se, sobretudo, de um espetáculo que exige
muito cuidado pelo fato de fazer um link, ainda que de forma indireta com um
clássico da literatura universal, mas em contexto geral o elenco deu conta do
recado.
As personagens foram bem construídas. Os atores souberam
aproveitar a oportunidade de interpretar diferentes papéis, demostrando
competência para a versatilidade. Diego Hermínio, por exemplo, interpretou o
Rei, o Touro, o Mendigo e um soldado. Rejane Gonçalves foi um guarda, uma
fiandeira / bruxa, um soldado e o Espantalho, enquanto Natália Mendonça deu
vida a uma fiandeira / bruxa, um mendigo e um mercador.
No processo de criação de personagem também é de suma
importância o figurino, neste caso, executado por Avanete Moura, mantendo em
complemento com o cenário e com a produção a proposta de representar no palco a
simplicidade do texto e ao mesmo tempo explorar o espaço da melhor forma
possível. A missão foi bem executada, sobretudo, nos momentos de atuações em
grupo como os soldados e as fiandeiras / bruxas. Fabrício Nascimento e Thayron Fagundes, que
vieram, respectivamente, Dom Chicote e Zé Chupança protagonizaram uma agradável
dobradinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário