segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Crítica: Dom Chicote Mula Manca

Em 1605 foi publicada a primeira edição de “Dom Quixote de La Mancha” de Miguel de Cervantes. Inspirado nesta obra, Oscar Von Phuhl escreveu Dom Chicote Mula Manca, que recentemente a Cia de Arte Suprema, dirigida por Amaury Santos resolveu montar. Trata-se, sobretudo, de um espetáculo que exige muito cuidado pelo fato de fazer um link, ainda que de forma indireta com um clássico da literatura universal, mas em contexto geral o elenco deu conta do recado.



As personagens foram bem construídas. Os atores souberam aproveitar a oportunidade de interpretar diferentes papéis, demostrando competência para a versatilidade. Diego Hermínio, por exemplo, interpretou o Rei, o Touro, o Mendigo e um soldado. Rejane Gonçalves foi um guarda, uma fiandeira / bruxa, um soldado e o Espantalho, enquanto Natália Mendonça deu vida a uma fiandeira / bruxa, um mendigo e um mercador.  


No processo de criação de personagem também é de suma importância o figurino, neste caso, executado por Avanete Moura, mantendo em complemento com o cenário e com a produção  a proposta de representar no palco a simplicidade do texto e ao mesmo tempo explorar o espaço da melhor forma possível. A missão foi bem executada, sobretudo, nos momentos de atuações em grupo como os soldados e as fiandeiras / bruxas.  Fabrício Nascimento e Thayron Fagundes, que vieram, respectivamente, Dom Chicote e Zé Chupança protagonizaram uma agradável dobradinha. 


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