domingo, 17 de julho de 2016

O Doente Imaginário

Assisti mais uma vez o espetáculo "O Doente Imaginário" da Cia Depois do Ensaio. Livremente inspirado na obra original de Moliére, sob direção de Thales Sauvo, que ganhou o prêmio de melhor direção no Festival do Teatro Henriqueta Brieba, se destaca por inserir elementos da contemporaneidade, mantendo toques da chamada Commedia Dell'Art.  Neste festival, O Doente Imaginário também levou a melhor nos quesitos atriz coadjuvante, cenário e figurino. Aliás, o cenário, o figurino e a musicalidade dão um tom poético ao espetáculo, realizado constantemente em lonas culturais, arenas e praças. 

Recentemente, o Grupo Depois do Ensaio competiu no 3o FESTTAQ em Taquaritinga (SP) na categoria rua / alternativo, conquistando seis prêmios: Melhor Maquiagem, Melhor Figurino, Melhor ator (Zé Lu Gonçalves), Melhor atriz (Patrícia Furtado), Melhor direção (Thales Sauvo) e Melhor espetáculo. 


Ficam aqui meus incansáveis aplausos a todos envolvidos, não somente pelo bom espetáculo  que proporcionam ao público e pelos merecidos prêmios, mas, pela garra, pela vontade de levar a arte adiante, pelo trabalho de equipe tão visível aos olhos que acompanham esta trajetória brilhante. 


Elenco reunido após apresentação no SESC Ramos

Ficha Técnica

 

Texto Original: Molière
Concepção e Direção: Thales Sauvo
Preparação Corporal: Caio Passos
Concepção Musical: Fabricio Neri
Figurino: Patricia Furtado e Ateliê Maria Fran
Cenário: Thales Sauvo
Iluminação: Ronaldo Damazio
Preparação Vocal: Tamara Innocente
Visagismo: Apoliane Phifer
Intérpretes: Darci Tomelin, Fabrício Neri, Fernando Leão, Izabe Camargo, Patrícia Furtado e Zé Lu Gonçalves

Fotografia: Pablo Rocha Gonçalves e Mônica Parreira
Realização: Grupo Depois do Ensaio

História e Literatura: uma união possível



É possível ensinar História através da Literatura? Respondo que sim. Em 2012, durante as pesquisas para o Trabalho de Conclusão de Curso da pós graduação em História e Cultura da América Latina, deparei com um poema de Machado de Assis sobre a Guerra do Paraguai. Quando comecei a lecionar (2013), resolvi apostar em aulas de História, Filosofia e Sociologia que mesclassem poesia e música, respeitando o conteúdo programático. Não foi fácil. Nunca é fácil romper com qualquer padrão, mas os alunos, no geral, se interessaram mais pelas disciplinas, as notas aumentaram.




A poesia foi um incentivo a mais para eles e para mim. Hoje tenho alunos que escrevem poemas e músicas, alunos que fazem teatro,que desenham, alunos que querem ser professores de História, Matemática, Educação Física... Por conta das aulas diferenciadas fui citado em uma edição da revista argentina Alas de Papel, tenho sido convidado para mesas redondas, palestras e eventos culturais, tenho participado de antologias literárias que abordem temas históricos / historiográficos. A minha maior realização é o reconhecimento dos meus alunos, é ouvir um deles falar: Professor, resolvi voltar a estudar, é ouvir um deles falar: Professor, obrigado! Em síntese, a união da História com a Literatura não só é possível, como é fundamental.



sábado, 9 de julho de 2016

Vivendo a poesia de Jean Carlo Barusso

Confesso que sou refém do chamado empreendedorismo literário. Como poeta, a internet amplia o meu ofício. Como leitor, a internet amplia o meu vício. A minha mais nova aquisição foi o livro Viva a / à Poesia de Jean Carlo Barusso que muito me chamou em duas coisas: a forma como vende os seus livros, cativando o leitor e a simplicidade estampada nos versos, geralmente breves e objetivos. Jean fala de gente, aliás, fala da gente e dos sentimentos que nos rodeiam. Fala principalmente sobre a imperfeição humana. Por isso não é difícil se apegar ao livro. Me (a)pego lendo várias vezes os mesmos versos na tentativa de saber mais de mim através da obra do outro. Sim, Viva a / à Poesia é um espelho, é onde acabo me (re)vendo. Sim, eu vivo a poesia e vivo para a poesia. Obrigado, Jean.