quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Sobre azul e rosa desde preto e branco

Damares, a ministra da goiabeira, acrescentou em seu histórico mais um episódio inusitado. Teve destaque nas redes sociais um vídeo em que a ministra diz que "menino veste azul e menina veste rosa. Diante de tantos problemas que assolam o Brasil perante ausência de políticas públicas é de se estranhar que a ministra justamente dos Direitos Humanos queira impor qualquer coisa à sociedade. 

Até que ponto a cor de uma roupa pode representar a identidade de uma pessoa ou medir caráter?  Até quando o tamanho de uma roupa vai servir de justificativa para culpabilizar as mulheres que são violentadas física e moralmente todos os dias? Vestir roupa azul ou rosa não diz quem você é, mas o fato de querer que as outras pessoas vistam uma cor ou outra, diz muito sobre você.  

Permito-me nesta postagem, abrir um leque de dúvidas, considerando, num mar de hipóteses,  que a mesma teria usado uma metáfora, figura de linguagem, onde uma palavra é usada em um sentido que não é tão comum.  O fato de ser uma metáfora reduziria  a gravidade do discurso na conjuntura atual? De qualquer forma, sendo metáfora ou não, seria uma tentativa de enquadrar pessoas em esteriótipos.

Vejam abaixo a imagem de uma criança com um vestido branco. A criança em questão é Franklin Delano Roosevelt. Na época, os vestidos eram comuns em meninas, mas também em meninos, pelo menos até os sete anos de idade, assim como a cor rosa era mais usada por meninos e a cor azul era mais usada por meninas. Os cabelos dos meninos também eram cortados pela primeira vez nessa faixa etária. 


Casal de irmãos nos EUA em 1905 

Não faço esta postagem para polemizar ou incentivar nada, apenas aproveitei o ganho das últimas notícias para mostrar o quanto os costumes mudam com o tempo.