segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Tarô Sentido no Teatro Max Nunes
As cartas estão na mesa e em breve serão apresentadas no TEATRO MAX NUNES. O Espetáculo Tarô Sentido, aborda a história do TARÔ, baseado nas 22 duas principais cartas do jogo que teve seu início na França.Os elementos usados para retratar a histórias são personalidades que marcaram a época de vários países no mundo, cada carta retrata uma personalidade. O Mago, por exemplo, é comparado à figura de Gandhi que terminou uma guerra somente com o poder de sua voz. (FRASE: Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho), enquanto O LOUCO é representado por ninguém menos que Raul Seixas. Uma boa sacada, não acham? O elenco é composto por Álexis Diogo, Helio Menezes, Laynara Ferreira, Mirian Gonçalves e Taysa Viana, sob a direção de Mário Cardona. A peça estará no Teatro Max Nunes (Clube América): Rua Campos Salles, 118 - Tijuca) - próximo ao Metrô Afonso Peña às 20:00, e somente nos dias 28 e 29 de novembro. Inteira: R$ 30,00 / Meia: R$ 15,00.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Entrevista com Brenno Silva
Recentemente publiquei um livro intitulado “Poesia” com
alguns de meus poemas. Para aproveitar este momento convido, então, o escritor
Brenno Silva, que além de ter contribuído com a seleção dos textos que integram
esta coletânea e de ter feito a capa, é o autor do texto de apresentação do
livro. Então, Brenno, como você se define?
Então Brunno, eu
tenho um poema dizendo que eu sou hipócrita, mentiroso e traidor. Sou um
artista, componho músicas, poemas, atuo e faço tudo que esteja ligado com a
palavra. Acho que o artista é uma espécie de traidor e sei que as pessoas
infelizmente não entendem isso. A arte tem que incomodar, tem que provocar, se
não, não é arte e sim apenas mais uma forma de entretenimento. Eu sou um
artista comum.
Em quais escritores você se inspira?
Hoje em dia, minha
maior influência é Fernando Pessoa. Mas, entretanto, eu comecei a escrever
depois que conheci George Orwell; antes disso, eu só escrevia músicas fracas.
Minha vida artística sempre foi um processo continuo, ontem foi Orwell, hoje é
Pessoa e amanhã certamente será outro.
Como e quando resolveu fazer teatro?
Desde criança eu
gostei de representar. Quando eu tinha 14 anos, eu adorava imitar os dribles do
Ronaldinho Gaúcho jogando bola. Aliás, eu sempre gostei de imitar as pessoas
que eu achava interessante, e sempre gostei de mesclar as personalidades dentro
de mim, porém, sempre mostrando que não era eu. Pensava sempre no teatro, mas
não tinha condições de pagar um curso, e na época não existia cursos de teatro
gratuitos e a vontade foi embora. Só que com 15 anos, eu comecei a tocar
violão, comecei a escrever também e descobri a literatura; e foi quando a
vontade de fazer teatro voltou e eu fui atrás, liguei pra vários e pesquisei
sobre. Hoje faço um curso livre de teatro no Miguel Falabella.
O que prefere? Escrever ou estudar teatro?
Que
pergunta difícil. Mas, eu acho que é escrever. Criar pra mim é fundamental e é
o que me salva da loucura.
E
me tira da solidão.
Que tipo de texto você não escreveria? E que tipo de cena
você não faria?
Não escreveria nada
que o Paulo Coelho escreveu. Cena eu faço qualquer uma que faça alguma
movimentação reflexiva pra quem assiste. Por exemplo, atentaria a nudez pra
refletir e não faria cena engraçadinha só pra entreter. Já fiz, mas não faço
mais.
Para você o que é poesia?
Poesia é tanta
coisa. Mario Quintanna dizia que poesia são os anjos do senhor estuprando as
mais belas filhas dos mortais. Manoel de Barros diz que poesia é voar fora da
asa e Neruda dizia que a poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do
homem. Poesia é isso tudo e mais um pouco.
Por que o seu blog “Homólogo Psicodélico” tem esse nome?
Pode falar um pouco dele?
Porque essas
palavras me atraem. Tudo que eu faço, geralmente não tem significado com o real
e sim com o meu consciente insano, desde já é uma psicodelia. O homólogo
Psicodélico é a minha cabeça. É o que eu penso, gosto e odeio. É o que eu amo,
o que eu invejo e o que eu desejo. É a minha mentira e a minha verdade. São
minhas influências e tudo mais. É minha cabeça.
Como você enxerga o teatro brasileiro?
Fraco. Não só o
teatro, como toda manifestação de arte. Aqui no Brasil é sempre o passado, é
sempre antigamente. Poucos artistas visam o futuro. O legal foi o Renato Russo,
o Adoniran Barbosa e realmente foram, mas o MELHOR ainda está por vir. Como
diria o Belchior: - "O futuro sempre vem."
Em sua opinião o que afasta os jovens da literatura e do
teatro?
Sinceramente, eu
não sei. Tenho 18 anos, amo futebol, sou viciado em internet e etc... Mas
sempre senti a necessidade de descobrir, de articular. Sempre senti sede de
aprender e de me expressar, até porque sou muito tímido. Eu não sei o que passa
na cabeça da rapaziada da minha geração, que não se interessam por essas
maravilhas. Aliás, acredito que os professores são os maiores culpados disso;
eles deixam essa rapaziada sem entender nada. Uma vez eu vi o Abujamra dando
uma palestra pra pós-graduação de comunicação e artes na USP, e ele fez a
seguinte pergunta: - "Quem aqui leu Eurípedes?" E ninguém conseguiu
dizer nada sobre, então, minha mente tende a crer que isso é culpa dos
professores, agora, o motivo realmente eu não sei.
Como então os professores poderiam agir
para mudar essa realidade do nosso país?
Esse assunto é
muito delicado e engloba muita coisa. Primeiro eles precisam de investimento em
massa, de verdade. Depois, eles precisam mudar. Tenho visto professores de
filosofia cheios de certezas e professores de matemáticas cheios de dúvida;
alguma coisa está errada. 90% dos professores são conservadores e 10% não tem
espaço pra dar suas aulas e sofrem a censura financeira, que é a que hoje
assombra qualquer meio de comunicação.Vou falar aqui o que eu nunca queria
falar, mas, eu não tenho esperanças para com a educação brasileira.
Aproveitando a sua resposta deixo aqui um
apelo aos leitores do blog para que leiam Eurípedes, George Orwell, Fernando
Pessoa, Neruda, Manoel de Barros, Mário Quintanna e que ouçam mais Adoniran
Barbosa, Renato Russo tão bem citados pelo Brenno no desenrolar desta
entrevista. Brenno, mais uma vez, muito obrigado.
domingo, 18 de agosto de 2013
As Viúvas
Mulheres marcantes interpretadas por cinco homens, uma obcecada pela perfeição, outra que coleciona esqueletos dos maridos e uma que perdeu o marido numa noite de amor, a figura da morte, ousadia ao desnudar a alma humana... Pode parecer, mas não estou falando de nenhuma peça de Nelson Rodrigues e sim do espetáculo tragicômico As Viúvas que foi montado pela Cia Tetropelo sob a direção segura de Abílio Ramos. A apresentação única ocorreu no dia 17 de agosto na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra. Quem não assistiu poderá assistir nos dias 27 e 28 às 20:00 e 29 de setembro às 19:00 no Teatro Armando Gonzaga em Marechal Hermes.
Cabe destacar aqui a audácia do elenco composto por Tiago Machado, Hélio Ferreira, Josué Nunes, Patrick Orrani e Zeca Damasceno, o trabalho corporal e a maneira como o espetáculo foi se desenvolvendo e as tramas se entrelaçando. Vale a pena conferir.
Cabe destacar aqui a audácia do elenco composto por Tiago Machado, Hélio Ferreira, Josué Nunes, Patrick Orrani e Zeca Damasceno, o trabalho corporal e a maneira como o espetáculo foi se desenvolvendo e as tramas se entrelaçando. Vale a pena conferir.
sábado, 3 de agosto de 2013
A Falecida de Nelson Rodrigues
Que Nelson Rodrigues é o maior autor de tragédias do Brasil ninguém duvida, mas o que nem todos sabem é que o humor também é muito presente em sua obra, porém poucas vezes é lembrado. Por isso, motivos não faltam para assistir a nova montagem de A Falecida, considerada a primeira tragédia carioca, sob a direção de Moacyr Góes e em cartaz no Teatro Maison de France de quinta a domingo às 20,00, com exceção de sábado que é às 21:00. O teatro foi recentemente reformado, ambiente muito agradável que vale a pena conhecer.
Eu que sempre tive curiosidade para ler esta obra, não perdi a oportunidade de apreciar o espetáculo protagonizado por Bianca Rinaldi, que atua ao lado de León Góes, Simone Centurione, Sérgio Kauffmaann, Ricardo Damasceno, Daniel Carneiro e Augusto Garcia.
Me chamou a atenção a fidelidade aos anos cinquenta, seja através do cenário, do figurino ou dos objetos cênicos, o elenco seguro, a originalidade nas marcações, palco limpo, as portas garantindo uma boa estética, trilha sonora e iluminação de muito bom gosto, a loucura e complexidade de Zulmira, considerada por mim a Capitu rodriguiana, levando a história a um desfecho inimaginável.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Entrevista com Juka Garibaldi
Num momento em que muita gente faz teatro pelo glamour
que ele pode proporcionar, deixando de aprender o verdadeiro sentido da arte, o
entrevistado de hoje é Juka Garibaldi, um ator do bem, mas, que não tem papas na língua e não pensa duas
vezes quando se precisa defender sua profissão. Juka, o que é ser ator?
Ser ator é ser um formador de opinião,é viver
muitas vidas e continuar com a sua vida...é ter um papel de extrema importância
como ser humano,como cidadão...é acima de tudo ser um observador de gente.
É difícil fazer teatro no Brasil?
Muito, tem épocas que tenho muito
trabalho,outras épocas nem tanto...Mas sempre tem algo seja peça,comercial e
até mesmo leituras. Mas é difícil, porque temos que estar sempre atentos,enviando
material,pois nada cai do céu.
E televisão? Conte-nos a experiência de gravar um
comercial com Rodrigo Faro e de gravar a novela Tititi...
Então,na verdade foi um comercial ótimo de se
fazer,gravei em uma tarde até o início da noite. Fazer publicidade é mais
rentável,eu adoraria fazer sempre!É algo que amo fazer,gratificante e que te
valoriza como profissional, muitas vezes são esses comerciais que salvam a tua
conta...Em relação a Tititi foi em 2010,eu lembro que o que mais curti foi
ficar atento,pois quem dirigia era o Jorge Fernando,ele é mestre!Conheci muita
gente legal lá...Como a Gulhermina Guinle que é ótima, a Ana Paula Guimarães(Ex
paquita Catu),que na época era assistente de direção...lembro de um fato bem
divertido: Estávamos eu e a Catu,atrás do cenário,olhamos para o chão e vimos uma
enorme marmita cheia de comida,parecia até um despacho... hehehhe ... A gente
olhou aquilo e riu muito...era uma diversão gravar lá!
Quem te conhece sabe da sua paixão em colecionar objetos
antigos, fale um pouco sobre isso...
Na verdade eu sou uma pessoa
"brecholenta",amo coisas antigas,seja roupas, obejtos... e atualmente
coleciono brinquedos antigos,uma paixão"antiga",pois sou louco por
brinquedos e resolvi garimpar alguns que fizeram parte da minha infância e
assim surgiu essa coleção.
Quantos anos de carreira?
Teatro amador comecei em 1995,contando amador e
profissional tem ai uns 18,sendo que fiquei parado 4 anos...porque fui morar no
sul,e quando voltei ao Rio já voltei fazendo novamente.
Pode fazer um resumo sobre sua biografia?
Eu nasci no Rio Grande do Sul, sou
capricorniano,comecei a fazer teatro em 1995,mas a primeira vez que subi no
palco eu tinha uns 09 anos...Antes de me formar em teatro,cursava a faculdade
de Jornalismo,mas não cheguei a concluir. Sou filho de advogado e
empresária, tenho 2 irmãos,sou casado tem 07 anos...e sou carioca de alma!ta bom
assim?
De tudo que li sobre você, sobre os personagens que
interpretou, quem chamou atenção foi a Rainha de Copas de “Alice no Buraco”.
Quais as semelhanças com a Rainha de Alice no País das Maravilhas e as
diferenças, levando em consideração que o espetáculo é voltado ao público
adulto?
Esse personagem foi um presente da querida
Regiana Antonini, ela foi viajar e levou a peça para ler e decidir os
papéis, quando voltou fez uma leitura e cada um leu o papel que ela havia pedido
pra ler...eu li a Rainha e no final ela disse: Juka a Rainha é sua...foi um
baita desafio,tive que aprender a andar de salto,colocar cílios...foi um barato
fazer!A diferença é que ela era dona de um bordel,uma cafetina...as semelhanças
estavam na personalidade,pois ela era muito má, pavio curto e muito mandona.
Em “João e Maria -
A Noite das Bruxas”, você interpretou duas personagens: o pai e o lobo. Como
foi essa experiência?
Eu tenho algo que me puxa,sempre para fazer
vilões... já fiz alguns ai,quando fui chamado para fazer João e Maria, lembro que
fiz a audição e pediram pra gente esperar fora do teatro...Tive que cantar no
teste,dançar...ai quando chamaram de volta, pensei acho que não vou ficar,sei
lá...mas ai me deram 2 personagens...O pai não tinha muito pra onde ir,era um
pai,que ia em busca dos filhos, lembro que o legal era o processo de
envelhecimento,ficava bem envelhido com a make...Já o Lobo que era um vilão,mas
com muito humor,eu viajava!Era ótimo fazer,ele era apaixonante,embora fosse um
vilão, se tornava querido,por ser engraçado ao mesmo tempo.A temporada
terminou,e a saudade ficou.
Em “Nóia”, o seu personagem tem medo de morrer dormindo?
Como é o laboratório desses personagens mais complexos que desnudam a alma
humana?
Em Noia,foi mais doido ainda...recebi um
convite pelo Facebook,hehehe...Viva a internet! Mas então,eu sempre gostei
desses personagens "problemáticos"...Eu vi muitos filmes de gente que
não dormia e muito eu descobri na minha insônia,pois eu sofro disso...Mas o
Fábio (personagem) era muito maluco,ele tinha uma fobia de morrer
dormindo, senão ele não ia saber que morreu...eram 4 personagens loucos em
cena.O texto é ótimo,foi legal fazer.
O que você diria para quem quer começar a fazer teatro
hoje?
Diria para se fazer uma única pergunta: Você ama teatro?
Se a resposta for sim!Vá em
frente...estude,tenha foco,e não desista...se for não sei ou apenas gosto,eu
digo:Busque outra coisa,pois teatro não é fácil,é instável,temos que fazer o
impossível muitas vezes...Teatro é para quem quase morre quando está sem
trabalhar,é pra quem sente o cheiro da coxia,em uma tarde como essa...acabei de
sentir aqui,fazer teatro é para quem tem responsabilidade!Pois para quem quer
só aparecer não dura muito no nosso
mundo do teatro,o teatro expulsa quem não é de teatro.
domingo, 2 de junho de 2013
Geração Trianon
Fazer teatro é desafiador, mas o desafio é ainda maior quando o espetáculo em questão já foi montado várias vezes por diferentes por diferentes companhias. Como inovar diante disso? Parece que o Grupo Ta Errado tem a resposta. Eles são responsáveis pela mais nova montagem de Geração Trianon de Annamaria Nunes. Os atores mergulharam a fundo em suas personagens,imprimindo, sob a direção segura de Bruno Seixas, uma nova cara para a peça, que conta a história de um empresário de uma companhia teatral, que está perdendo o seu público. Ele resolve então, contratar uma nova escritora para escrever dentro de cinco dias. Vale a pena conferir! O espetáculo está em final de temporada na Cia de Teatro Contemporâneo (Rua Conde de Irajá, 243 - Botafogo) às 20:00 - acaba hoje!
sábado, 2 de março de 2013
Comédia com V
No dia 12 de março o ator Victor Lamoglia estará completando 20 anos de idade no palco. Vai apresentar ao lado do amigo Vitor Thiré o espetáculo Comédia com V às 20:00 no SESC Tijuca (Rua Barão de Mesquita, 539). A inteira custa R$ 20,00. Estudantes e idosos pagam R$ 10,00. Os associados do SESC, apenas R$ 5,00. Será única apresentação! Então, corram que as risadas com esses dois, são garantidas!
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Tudo por um pop star
Vale a pena tudo por um pop star? Se a pergunta for a respeito da peça baseada no livro homônimo de Thalita Rebouças e escrita brilhantemente por Gustavo Reiz, claro que vale! estiver falando da peça, claro que vale! O elenco afiado e bem afinado narra a trajetória de jovens que fazem tudo para assistirem um show da banda preferida, sob a direção de Pedro Vasconcelos. Não se trata de um musical voltado aos adolescentes, mas para a família toda, afinal quem nunca lutou para ver seu ídolo de perto?
CENTRO CULTURAL JOÃO NOGUEIRA (IMPERATOR)
Rua Dias da Cruz, 170 - Méier - Rio de Janeiro
Sextas às 17:00 e Sábados às 20:30
TEATRO CLARA NUNES - SHOPPING DA GAVEA
Rua Marquês de São Vicente, 52 - 3o andar - Rio de Janeiro.
Quartas às 20:00
Sábados às 16:00
Domingos às 16:00
CENTRO CULTURAL JOÃO NOGUEIRA (IMPERATOR)
Rua Dias da Cruz, 170 - Méier - Rio de Janeiro
Sextas às 17:00 e Sábados às 20:30
TEATRO CLARA NUNES - SHOPPING DA GAVEA
Rua Marquês de São Vicente, 52 - 3o andar - Rio de Janeiro.
Quartas às 20:00
Sábados às 16:00
Domingos às 16:00
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Ser ou não ser?
Hamlet, um dos mais famosos textos de Shakespeare ganhou uma nova montagem. Os responsáveis são alunos do Teatro Miguel Falabella, sob a direção segura de João Marcello Pallotino. Um texto ousado precisa de um elenco ousado, que olha no olho, que se despe de qualquer vaidade e se entrega à cena. Foi isso o que aconteceu com os atores de Hamlet, sobretudo, com Emília Alcoforado, que ganhou merecidamente o prêmio como melhor atriz do festival ao dar vida à Ofélia. A próxima apresentação será no dia 18 de março às 20:30.
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