Que Nelson Rodrigues é o maior autor de tragédias do Brasil ninguém duvida, mas o que nem todos sabem é que o humor também é muito presente em sua obra, porém poucas vezes é lembrado. Por isso, motivos não faltam para assistir a nova montagem de A Falecida, considerada a primeira tragédia carioca, sob a direção de Moacyr Góes e em cartaz no Teatro Maison de France de quinta a domingo às 20,00, com exceção de sábado que é às 21:00. O teatro foi recentemente reformado, ambiente muito agradável que vale a pena conhecer.
Eu que sempre tive curiosidade para ler esta obra, não perdi a oportunidade de apreciar o espetáculo protagonizado por Bianca Rinaldi, que atua ao lado de León Góes, Simone Centurione, Sérgio Kauffmaann, Ricardo Damasceno, Daniel Carneiro e Augusto Garcia.
Me chamou a atenção a fidelidade aos anos cinquenta, seja através do cenário, do figurino ou dos objetos cênicos, o elenco seguro, a originalidade nas marcações, palco limpo, as portas garantindo uma boa estética, trilha sonora e iluminação de muito bom gosto, a loucura e complexidade de Zulmira, considerada por mim a Capitu rodriguiana, levando a história a um desfecho inimaginável.
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