Adeus é uma palavra que dói, mas precisa ser dita para que
novas possibilidades venham a surgir. Assim, no seu auge, Favela – O Musical,
espetáculo que tive a oportunidade de
assistir seis vezes, se despede em sua última temporada. Isso significa que
Favela vai acabar? Claro que não! Afinal, ficará guardada em muitos corações,
sobretudo no meu.
O texto, a direção,
o elenco, cenário, figurino... É tudo impecável, mas Favela é mais que isso. Um
espetáculo de elenco numeroso que consegue manter um bom público dentro de seis
temporadas sem ter um patrocínio, merece todos os aplausos possíveis.
Assim que
comecei a lecionar, passei para uma determinada turma um trabalho de
Sociologia: assistir Favela e fazer um debate em sala de aula sobre os
contrastes sociais. Favela foi o primeiro espetáculo que alguns desses alunos
puderam assistir e enriqueceu significativamente as minhas aulas.
Favela
foi, é e continuará sendo um sucesso porque representa não só a realidade das
comunidades do Rio de Janeiro, mas representa o Brasil por inteiro, repleto de
contrastes de cores e crenças, que se complementam. Favela é o lugar onde todo mundo cabe. Ficam nas
lembranças, os momentos engraçados, os momentos tristes, verossímeis, e uma
grande mensagem para os jovens. Fica a poesia, fica a música. A vida é feita de escolhas. Eu escolhi ser
Favela. Como professor, espectador e
artista, fica aqui o meu MUITO OBRIGADO!
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