Medieval, de Wilson Guanais
Uma mão
Contamina
A outra
A direita
A esquerda
Inimigas
“São farinhas
Do mesmo
Saco” de
Pancadas.
Incertezas, de Brunno Vianna
Dormia, acordava, dormia.
Dormia, acordava, comia. Dormia, acordava. Lia de vez em quando, mesmo sem
nunca ter gostado de ler. Escutou
músicas improváveis. Viu o mesmo filme dez vezes na TV. Desligou. Seu gosto
pessoal sobre todas as coisas já não era mais o suficiente. Respirou um ar de
incertezas. A goteira da cozinha era o que espantava a solidão. Até tentou
conseguir alguém que acabasse com ela de uma vez, mas ninguém se arriscou a ir.
Ninguém aparece por lá desde que foi anunciado na televisão um caso suspeito.
Deu um grito aleatório antes de começar uma meditação autodidata.
Entre aspas, de Wilson Guanais
Quem
Sobreviver
Verá
Quem
Sobreviver
Terá
Que
Reinventar
Agora
-O Amanhã
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