Segue a lista dos mais citados na pesquisa realizada pelo E-Cult na modalidade "Teatro".
Texto
Ângelo Faria Turci por Francisco - do tempo em que se nascia bufão
Aloísio Villar por Dona Carola
Edu Porto por Era só por uma noite: Guerra Doce
Rômulo Rodrigues por Favela - O Musical
Sérgio Maggio por L - O Musical
Direção
Ângelo Faria Turci por Francisco - do tempo em que se nascia bufão
Rafael Gomes por Gota d'água [A Seco]
Viviani Rayes por Para Onde Ir
Victor Fontoura por Nascituros
Daniel Gondim por Medo
Ator
Adalmir Cardoso por Perfume de Gardênia
Yashar Zambuzzi por Para Onde Ir
Roberto Rodrigues por Espelunca
Adriano Pellegrini por Espelunca
Ricardo Pereira por Hollywood
Atriz
Laila Garin por Gota d'água [A Seco]
Letícia Spíller por Doroteia
Rosamaria Murtinho por Doroteia
Viviani Rayes por Blackbird
Patrícia Selonk por Hamlet
Cenário
Os Lúcidos Enlouquecem Mais
Doroteia
Blackbird
Espelunca
Um sonho para Meliès
Figurino
Francisco - do tempo em que se nascia bufão
Doroteia
As Bondosas
Um sonho para Meliès
Medo
Propaganda
Era só por uma noite: Guerra Doce
Doroteia
Tom na Fazenda
Luiz Gama - Uma voz pela liberdade
O Porteiro
Conjunto da obra
Era só por uma noite: Guerra doce
Nascituros
Hamlet
Vidas Secas
Salém
Musical
Vamp - O Musical
Rio Mais Brasil - O Musical
L - O Musical
Favela - O Musical
Ayrton Senna - O Musical
Espaço Cultural
Theatro Bangu
Teatro Riachuelo
SESC Tijuca
Centro Cultural Banco do Brasil
Caixa Cultural
Esquete ou Performance
Café
Medo
Over - A Última Dose
Dona Boca
Zulmira - Mulher solteira procura
Destaques Especiais
Grupo Galpão pelos 35 anos de carreira
Grupo Armazém pelos 30 anos de carreira
Cia Atores de Laura pelos 25 anos de carreira
Coletivo Que Legado
Cia Os Excluídos pelo projeto Teatre-se
Leitura dramatizada de Por Elas no Centro Cultural do Poder Judiciário
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
domingo, 17 de dezembro de 2017
Os mais citados no E-Cult 2017
Os 40 livros mais citados na pesquisa do E-Cult em 2017 foram:
Escravidão e liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz / João Batista Correa / Editora Multifoco
Lugar Comum / Adriano Silva / Editora Hope
Poesia Volume I / Brunno Vianna / Clube de Autores
O Herdeiro da Máfia / Vitória Moreira / Giostri Editora
O Bobo da Corte / Adriano Soares / Clube de Autores & Lado B - Literatura Independente
Rastro de Salamandra / Karla Rakal / Villar Luna
Berta Loran - 90 anos de Humor / João Luiz Azevedo / Litteris Editora
Antologia de Prosadores e Poetas Brasileiros Contemporâneos - Homenagem para Clarice Lispector / Editora Porto de Lenha
Vozes Escritas / Vários Autores / Lado B - Literatura Independente
Poesia Volume II / Brunno Vianna / Clube de Autores
Amar Com Poesia / Evandro Ferreira / Premius Editora
A Outra Igreja / Pedro Marinho / Chiado Editora
Perdas e Ganhos /Bruno Black / Litteris Editora
Antologia de Prosadores e Poetas Brasileiros Contemporâneos - Homenagem para Machado de Assis
Dedos de Prosa / Vários Autores/ Clube de Autores / Lado B - Literatura Independente
Amor em Degradé / Gabriel Tironi / Editora Hope
Como eu gostaria que você tivesse me conhecido / Gilberto Santos / Editora Multifoco
Pelas ruínas do amor / Galdy Galdino / Litteris Editora
A Mansão do Rio Vermelho / Artur Laizo ; Editora Novo Século
Dez Vidas - Meu olhar sobre elas / Lino Correia / Altaneda
Sou Lésbica, Sim Vitória Moreira / Editora Multifoco
Solidão e outras companhias / Marwio Câmara / Editora Oitoemeio
Poemar e Amar / Vários Autores / Ediora Fonte de Papel
Amor / Aloísio Vilar / Autografia
Luar / Clodoaldo Lima / Clube de Autores / Lado B - Literatura Independente
Escritos de Um Verão / Vários Autores / Editora Illuminare
Genealogias Mazombas / Bruno Silva / Eduff
Carol / Letícia Spiller / Editora Catatau
Praticando a criatividade em sua vida / Davi Giordano / Independente
Meus dois pais / Walcyr Carrasco / Editora Moderna
O Chefe Secreto / Jéssica Milato - Editora Hope
Solo Sagrado / Joice Cruz / Editora Hope
Na calada da noite / Mércia Ferreira / Editora Hope
Despertar e outros poemas / Diego Demetrius Fontenele / Chiado Editora
O Circo da Alegria / Betânia Paz Lisboa / Fundação Gregório de Mattos
Poético / Bruno Black / Litteris Editora
Da Poesia / Hilda Hilst / Companhia das Letras
Tarja Preta / Brunno Vianna / Clube de Autores
Como se fosse a casa (uma correspondência) - Ana Martins Marques e Eduardo Orge / Relicário Edições
Árion - O Reflexo de um outro mundo / Pablo Madeira / Editora Xeque Mate
Cinco autores mais citados (em ordem alfabética)
Escravidão e liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz / João Batista Correa / Editora Multifoco
Lugar Comum / Adriano Silva / Editora Hope
Poesia Volume I / Brunno Vianna / Clube de Autores
O Herdeiro da Máfia / Vitória Moreira / Giostri Editora
O Bobo da Corte / Adriano Soares / Clube de Autores & Lado B - Literatura Independente
Rastro de Salamandra / Karla Rakal / Villar Luna
Berta Loran - 90 anos de Humor / João Luiz Azevedo / Litteris Editora
Antologia de Prosadores e Poetas Brasileiros Contemporâneos - Homenagem para Clarice Lispector / Editora Porto de Lenha
Vozes Escritas / Vários Autores / Lado B - Literatura Independente
Poesia Volume II / Brunno Vianna / Clube de Autores
Amar Com Poesia / Evandro Ferreira / Premius Editora
A Outra Igreja / Pedro Marinho / Chiado Editora
Perdas e Ganhos /Bruno Black / Litteris Editora
Antologia de Prosadores e Poetas Brasileiros Contemporâneos - Homenagem para Machado de Assis
Dedos de Prosa / Vários Autores/ Clube de Autores / Lado B - Literatura Independente
Amor em Degradé / Gabriel Tironi / Editora Hope
Como eu gostaria que você tivesse me conhecido / Gilberto Santos / Editora Multifoco
Pelas ruínas do amor / Galdy Galdino / Litteris Editora
A Mansão do Rio Vermelho / Artur Laizo ; Editora Novo Século
Dez Vidas - Meu olhar sobre elas / Lino Correia / Altaneda
Sou Lésbica, Sim Vitória Moreira / Editora Multifoco
Solidão e outras companhias / Marwio Câmara / Editora Oitoemeio
Poemar e Amar / Vários Autores / Ediora Fonte de Papel
Amor / Aloísio Vilar / Autografia
Luar / Clodoaldo Lima / Clube de Autores / Lado B - Literatura Independente
Escritos de Um Verão / Vários Autores / Editora Illuminare
Genealogias Mazombas / Bruno Silva / Eduff
Carol / Letícia Spiller / Editora Catatau
Praticando a criatividade em sua vida / Davi Giordano / Independente
Meus dois pais / Walcyr Carrasco / Editora Moderna
O Chefe Secreto / Jéssica Milato - Editora Hope
Solo Sagrado / Joice Cruz / Editora Hope
Na calada da noite / Mércia Ferreira / Editora Hope
Despertar e outros poemas / Diego Demetrius Fontenele / Chiado Editora
O Circo da Alegria / Betânia Paz Lisboa / Fundação Gregório de Mattos
Poético / Bruno Black / Litteris Editora
Da Poesia / Hilda Hilst / Companhia das Letras
Tarja Preta / Brunno Vianna / Clube de Autores
Como se fosse a casa (uma correspondência) - Ana Martins Marques e Eduardo Orge / Relicário Edições
Árion - O Reflexo de um outro mundo / Pablo Madeira / Editora Xeque Mate
Cinco autores mais citados (em ordem alfabética)
Adriano Silva
Brunno Vianna
Bruno Black
João Batista Correa
Vitória Moreira
Cinco editoras mais citadas (em ordem alfabética)
Clube de Autores
Companhia das Letras
Hope
Litteris
Multifoco
x
sábado, 28 de outubro de 2017
Depois de Ter Você
Alguns anos atrás eu evitava erroneamente assistir monólogos
por achá-los chatos. Era uma ideia preconceituosa que absorvi de outras pessoas e acabei levando adiante. Felizmente passei a assistir mais monólogos e passei a gostar, mais do que isso, passei a admirar. Hoje assisti o
premiado espetáculo Depois de Ter Você.
Estou desde então pensando no que escrever sobre o espetáculo. O impacto que o mesmo
exerce nos espectadores nos deixa sem palavras. Justamente por não encontrar
palavras que possam resumir o que senti ao ver o ator Orlando Marttins em cena
aviso que este texto não se trata de mera crítica, não falo aqui como um técnico, pois já não uso a razão. Ainda estou profundamente emocionando. A peça é forte e ferve sem pudor. Em contrapartida, a personagem se revela frágil. O espaço intimista da CATP foi muito bem
aproveitado. A sensação que eu tive é que o espaço se ampliava. Não tinha como piscar os olhos enquanto o sangue cênico escorria. Senti medo, senti pena, senti dor e muitas outras coisas ao mesmo tempo. São muitas sensações, emoções e pensamentos se misturando ainda agora. Orlando transmite uma
verdade em cena e se revela um ator brilhante, digno dos aplausos possíveis. Para os que assistiram certamente será uma peça inesquecível.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
Entrevista com Gilberto Santos
Como
eu gostaria que você tivesse me conhecido é o novo livro
de Gilberto Santos e antes mesmo de ser lançado já está dando o que falar,
tendo com um dos temas centrais o suicídio. Gilberto, o que te motivou a
escrever sobre este assunto?
Não costumo escolher o tema para os meus livros, geralmente são eles
que me escolhem. Um belo dia estava em casa, e essa ideia de que quando
partimos desta vida e tudo aquilo que tentamos representar ficará eterna ou
cairá no esquecimento? Foi dai que a ideia original do romance surgiu, se seria
possível se apaixonar por alguém que já se foi….O suicídio então foi inserido
na história a partir da ideia original sobre alguém que desesperadamente não
consegue esperar o tempo natural dos acontecimentos. O tempo para encontrar o
seu grande amor.
Não é só a literatura
do Gilberto que carrega uma função social, mas o prórpio processe de divulgação
e publicação seguem por este caminho, já que partir desta temática delicada
você está contribuindo diretamente com a ONG CVV (Centro de Valorização à vida)
Como a campanha funciona?
Resolvi que o melhor a ser feito na vida é sempre poder ajudar, e
todos nós temos o dever cívico de contribuir através do engajamento seja ele
qual for. Descobri a ONG depois de perceber que outras vozes merecem ser
ouvidas, e como o tema do livro é crucial para alguém que sofre de depressão ou
até mesmo aqueles que sucumbem a morte. A campanha funciona através da doação
no site kickante, onde todos podem doar o quanto desejar.
Como tomou conhecimento
da ONG?
Através da internet, e depois conversando com pessoas que já haviam
dependido da sua ajuda.
Para escrever “Como eu
gostaria que você tivesse me conhecido” você fez algum tipo de pesquisa com
pessoas que tentaram suicídio ou que possuem, pelo menos, algum tipo de
depressão?
Não, eu realmente mantive alguns aspectos da trama na ficção, tendo é
claro contribuído através de histórias ou pessoas que tive o contato no passado
que sofreram ou sofrem deste mal.
O escritor Ivan Alixandria
que escreveu o prefácio do livro foi uma das pessoas que mais se empolgaram com
o projeto. Pode explicar de que forma o livro mexeu com o Ivan e como você o
convidou para escrever o prefácio?
Realmente ele foi uma das pessoas que conheci através do projeto do
livro; fiquei lisonjado como ele abraçou a causa e a história, e essa foi
também a razão que me fez convidá-lo para assinar o prefácio do livro que teria
mudado todos nós envolvidos no projeto.
Como está sendo a repercussão
do livro?
A repercussão do livro ainda estar por vir, mas a campanha é o foco do
momento, este livro virou uma causa social.
Como é o seu processo
de escrita?
Intuitivo 100%, não faço nada que não seja movido pela minha
inspiração ou até mesmo intuição. Mas desde o momento que essa história surgiu
sabia que tinha um grande sucesso nas mãos.
Antes de escrever “Como
eu gostaria que você tivesse me conhecido”, você publicou outros livros de
forma independente. No caso, foram livros de poesia. Como foi essa transição de estilos e o que
você mais gosta de escrever?
Sim é verdade Brunno, antes quando eu comecei a minha inspiração era
somente para textos curtos, poesias no geral. Esse romance foi uma surpresa, me
deixou muito feliz essa transição de estilos. Gosto de escrever, textos dos
mais variados. Nesse momento estou ainda colhendo o que esse Romance/Paranormal
poderá vir à trazer a minha curta carreira de escritor. Mas consigo prever uma
grande mudança dentro de mim.
Você acha que a poesia
no Brasil é desvalorizada? Por quê?
Infelizmente existe uma dificuldade para compreender esse gênero de
escrita que acho belíssimo e dificílimo, e de pouca compreensão na grande
maioria. O poeta é um ser que destoa das grandes massas, por isso elegi para o
meu livro um personagem/ poeta e mártir no romance. Uma homenagem para todos
que se sentem incompreendidos.
Como é ser escritor
independente no Brasil?
Muito difícil, mas a grande maioria de artistas no Brasil passam por
grandes provações até conseguir fazer a sua voz ser ouvida na multidão. Resta
saber o quanto você ama escrever, isso irá ser determinante no quão longe você
chegará.
Algum recado ou dica
para os escritores independentes?
Persistir é a palavra do escritor independente. Se você ama o que faz,
o prazer é somente uma questão de tempo para unir reconhecimento e talento.
Gilberto, muito
obrigado pela entrevista e por tocar nesses em assuntos que permeiam a
sociedade contemporânea.
domingo, 6 de agosto de 2017
A Fábrica dos Cem Mil
Prestigiar o trabalho dos
alunos da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna é fundamental para a
contuinuidade das ações realizadas por esta entidade, principalmente quando a
cultura do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo passa por momentos delicados
com vários teatros e espaços culturais fechando as portas.
Os alunos da Martins Penna
fizeram da resistência um gatilho para um bom espetáculo. A Fábrica dos Cem Mil
carrega um elenco que mantém do começo ao fim uma cumplicidade ímpar com o
espaço, a iluminação e a música.
Originalmente escrita em 1920,
o texto de Karen Tchápek continua atual.
Discute o papel da mulher na sociedade contemporânea e as hierarquias, além de tecer
breve crítica ao sensacionalismo presente nas mídias. Um texto que aborda as
subordinações do dia-a-dia é complementado com os papéis espalhados pelo
palco, valiosa representação da
inevitável burocracia.
Na prática são usadas as
técnicas de Luigi Pirandello. As relações entre as personagens são quebradas e cada
uma delas passa a contemplar a própria imagem e os próprios medos. O metateatro,
que poderia ser mais explorado é uma boa ferramenta.
Percebe-se a consciência
corporal coletiva quando uma caneta cai acidentalmente e o elenco compactua com
uma riquíssima pausa e movimento de corpo até que a caneta fosse pega. Chegou a
ser poético.
A montagem me proporcionou
viagens lúdicas para universos e referências dramatúrgicas, literárias e até mesmo
históricas, já que é possível trabalhar a partir do texto a Revolução Russa, a Revolução
Industrial e a Revolução Francesa.
Uma coisa que destaco é a
imagem do anjo devidamente identificada e eventualmente trocada de posição. Imediatamente
lembrei de uma frase de Shakespeare: “Se a
rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume.” A maior surpresa é que depois de pensar nesta
citação deparei com uma rosa usada em cena.
terça-feira, 25 de julho de 2017
Novidade!
Boa noite! Estou com um projeto que valoriza a leitura e a escrita da poesia, acreditando que qualquer pessoa é capaz de escrever e se aperfeiçoar no formato que desejar, na medida que a arte é livre. Para isso estou percorrendo redes sociais em busca de novos poetas. Vamos trocar ideias?
terça-feira, 11 de julho de 2017
Os Lúcidos Enlouquecem Mais em Taquara
Superando as apresentações anteriores, Os Lúcidos Enlouquecem
Mais teve uma boa estreia na sede da Cia de Arte e Teatro Popular em Taquara,
sendo o pontapé inicial da Cia Os Excluídos, se levarmos em consideração que o
ator Brenno Costa, que também assina a autoria e a direção da peça substituiu eventualmente
o ator André França. Além disso, nota-se algumas mudanças nas marcações, que
deram outro tom ao espetáculo.
A Cia Os Excluídos nasceu como um grito de alguns artistas dispostos a romper paradigmas. Apoiados em textos intensos e polêmicos de Brenno Costa, entram no mercado encarando uma temporada em paralelo com apresentações eventuais em espaços alternativos do Rio de Janeiro. É um coletivo que não pensa no certo e no errado. Não pensa se vai dar certo ou não. Não pensa em fazer, simplesmente faz, independente da disposição de verbas.
Em Os Lúcidos Enlouquecem Mais é óbvio que alguns ajustes ainda são necessários, sobretudo, em relação ao ritmo e ação / reação dos atores, mas durante o processo, certamente isso vai
acontecer.
Com uma trilha sonora ímpar, o espetáculo carrega cheiro de pólvora. Duas prostitutas em uma relação complexa e dois amigos que planejam um grande roubo movimentam a trama.
A Cia Os Excluídos nasceu como um grito de alguns artistas dispostos a romper paradigmas. Apoiados em textos intensos e polêmicos de Brenno Costa, entram no mercado encarando uma temporada em paralelo com apresentações eventuais em espaços alternativos do Rio de Janeiro. É um coletivo que não pensa no certo e no errado. Não pensa se vai dar certo ou não. Não pensa em fazer, simplesmente faz, independente da disposição de verbas.
![]() |
Os atores André França e Roberto Meniguelo |
Com uma trilha sonora ímpar, o espetáculo carrega cheiro de pólvora. Duas prostitutas em uma relação complexa e dois amigos que planejam um grande roubo movimentam a trama.
O início da
peça ocorre em banho maria, talvez propositadamente, para que a ebulição a
partir do conflito entre as personagens de Anna Beatriz Marques e Roberto
Menguelo seja mais notada, e por fim, alcance o objetivo do diretor: provocar a
plateia. Isso acontece em uma ousada cena de sexo seguida por um acesso de
loucura em Aline, vivenciada por Anna Beatriz Marques em plena maturidade
cênica.
Ainda vale destacar a poesia de Rimbaud, com o mérito de suavizar o enredo e a forma como as pausas são utilizadas neste momento específico. Considero que entre
acertos e erros, o ponto forte do elenco é que eles se arriscam, dão a cara a tapa em prol da arte. Na conjuntura atual espetáculos que ousam são ainda mais necessários. Em síntese, vale a pena assistir Os Lúcidos Enlouquecem Mais.
A peça segue em cartaz na CATP (Estrada do Tindiba, 2495 - Taquara) sempre aos sábados às 20:00.
![]() |
atriz Anna Beatriz Marques |
Ainda vale destacar a poesia de Rimbaud, com o mérito de suavizar o enredo e a forma como as pausas são utilizadas neste momento específico. Considero que entre
acertos e erros, o ponto forte do elenco é que eles se arriscam, dão a cara a tapa em prol da arte. Na conjuntura atual espetáculos que ousam são ainda mais necessários. Em síntese, vale a pena assistir Os Lúcidos Enlouquecem Mais.
A peça segue em cartaz na CATP (Estrada do Tindiba, 2495 - Taquara) sempre aos sábados às 20:00.
(Brunno Vianna é historiador, dramaturgo e estudante de Teatro)
quarta-feira, 24 de maio de 2017
André Luís Soares, o vencedor do Concurso Literário CATP (Categoria Poesia)
Hoje vocês vão conhecer
um pouco mais o escritor André Luis Soares, o vencedor do Concurso Literário
CATP na categoria “Poesia” com o poema “À Gaia”.
À GAIA
Chão! Faça alguma coisa
em prol desses teus filhos:
traga uma dose de dor e de martírio
a quem quer que explore
essa pobre gente;
e aos que te semeiam as sementes,
veja se lhes reserva dias melhores.
Chão! Apesar dos frutos e das flores,
eu custo a acreditar
que aqui ficaste inerte,...
ouvindo calado, tanta lamúria.
Por que não te convertes
no lobo dos injustos...
...sugando, aos milhares,
os faustos malfeitores?
Chão! Talvez não seja tarde;...
mas de que vale tua piedade
se dada a quem não merece?
Acorda e ouve atento,
todas as tantas preces
das nações carpideiras,
que não suportam mais a exploração.
Então, abre veio em ti,... Chão...
cospe de teus vulcões, agora...
tua raiva em lava, lança fora
e em catarse, erga essa bandeira
em prol dos infelizes.
Rasga tua carne em sismos,
inunda os latifúndios,
engole os edifícios,
devora os palácios,
inova esses espaços,
redesenhando o caos!...
em prol desses teus filhos:
traga uma dose de dor e de martírio
a quem quer que explore
essa pobre gente;
e aos que te semeiam as sementes,
veja se lhes reserva dias melhores.
Chão! Apesar dos frutos e das flores,
eu custo a acreditar
que aqui ficaste inerte,...
ouvindo calado, tanta lamúria.
Por que não te convertes
no lobo dos injustos...
...sugando, aos milhares,
os faustos malfeitores?
Chão! Talvez não seja tarde;...
mas de que vale tua piedade
se dada a quem não merece?
Acorda e ouve atento,
todas as tantas preces
das nações carpideiras,
que não suportam mais a exploração.
Então, abre veio em ti,... Chão...
cospe de teus vulcões, agora...
tua raiva em lava, lança fora
e em catarse, erga essa bandeira
em prol dos infelizes.
Rasga tua carne em sismos,
inunda os latifúndios,
engole os edifícios,
devora os palácios,
inova esses espaços,
redesenhando o caos!...
Lança o planeta inteiro no escuro,
contanto que desapareçam os maus,
mesmo que sobrem apenas
cinco ou dez... pessoas puras,
terá valido cada rachadura e ruga
de tua pele... Chão.
Depois, volta a dormir,
por incontáveis eras;...
assenta o pó e a poeira,...
...e por que não?
Os poucos que ficarem,
por certo, saberão
fazer um mundo novo e melhor,
após tua justiça
feita de cataclismos...
Chão!
contanto que desapareçam os maus,
mesmo que sobrem apenas
cinco ou dez... pessoas puras,
terá valido cada rachadura e ruga
de tua pele... Chão.
Depois, volta a dormir,
por incontáveis eras;...
assenta o pó e a poeira,...
...e por que não?
Os poucos que ficarem,
por certo, saberão
fazer um mundo novo e melhor,
após tua justiça
feita de cataclismos...
Chão!
Sua
obra soma mais de dois mil textos registrados na Fundação Biblioteca
Nacional/EAD (RJ), em vasto conjunto que vai do romântico e erótico ao social e
político, passando pelo filosófico e pela poesia infanto-juvenil; o que
contribuiu para fazer do ‘Gritos
Verticais‘ um
dos blogs mais conhecidos e bem comentados da web nacional. Como se não bastasse,
é membro efetivo da Academia de Artes, Cultura e Letras de Marataízes
(AACLM-ES); membro correspondente da Academia de Letras e Artes da Serra
(ALEAS-ES); da Academia Mateense de Letras (AMALETRAS-ES); da Academia de Artes
de Cabo Frio (AACF-RJ); da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de
Arraial do Cabo (ACLAC-RJ); da Academia de Letras e Artes de Fortaleza
(ALAF-CE) e, também, da Academia de Artes de Cruz Alta (ALPAS-RS).
Assíduo
em certames literários, as premiações conquistadas garantiram sua participação
em mais de cinquenta antologias, ao lado de grandes nomes da literatura
brasileira contemporânea, levando o autor a se tornar colaborador do blog ‘Concursos Literários’,
vencedor do ‘Prêmio TopBlog 2012’, categoria: ‘Literatura – Blog Profissional’.
André Luís Soares nasceu em Brasília, mas passou a infância
no Rio de Janeiro. Retornou para a cidade natal e estudou Economia na
Universidade Católica de Brasília. Atualmente mora no Espírito Santo, onde sua
produção literária ganhou intensidade. Ao longo de sua trajetória ganhou tantos
prêmios literários que fica difícil citar todos. Um dos primeiros foi ‘Navegante
da Estrela’, promovido pela entidade cultural paulista em 2007.
Em 2011 publicou pelo
Clube de Autores o livro ‘Gritos Verticais’, que lhe valeu o ‘Prêmio Cláudio de
Sousa’, na categoria ‘Melhores Livros de Poesia 2012’. Ainda em 2012 venceu
vários prêmios literários, entre eles, Concurso Nacional Alípio Mendes, do
Ateneu Angrense de Letras (RJ); o II Desafio Escrita Criativa, promovido pelo blog
‘Concursos Literários’; o Concurso Literário Nacional do Instituto Hahnemanniano
do Brasil (RJ); o XVIII Concurso Literário Internacional Gaya Rasia Alpas
21 (RS), categoria ‘crônica’; e, o Concurso Literário Nacional da Academia
Caxiense de Letras (RS) nas categorias ‘crõnica’ e ‘miniconto’. Além disso,
conseguiu o segundo lugar no III Prêmio Literário Legislativo de Caçapava do
Sul (RS).
Nos
fins de 2013 publicou o livro ‘Os Irmãos Malês’ , contemplado com ‘Prêmio
Nacional Novelas Históricas da Bahia’, promovido pela Fundação Pedro Calmon.
Antes disso, porém. venceu o
concurso nacional ‘Poesia – Lâmpada Para o Coração’, da Editora Litteris (RJ); venceu
o IV Concurso Nacional ‘Mãos Que Falam’, promovido pela entidade ‘Alma Brasileira’,
de Salvador (BA), venceu o I Concurso Literário de Nova Friburgo (RJ), o IV
Concurso Nacional ‘Pérolas da Literatura’, promovido pela Secretaria de Cultura
do Guarujá (SP) e conquistou segundo lugar no XXII Concurso Nacional Augusto
dos Anjos, promovido pela Academia de Letras de Leopoldina (MG), no XI Prêmio
Nacional Paulo Setúbal, promovido pela prefeitura de Tatuí (SP) e no XXII
Concurso Internacional ‘Sebastião Benfica Milagre’, da Academia Divinopolitana
de Letras (MG). Nas categorias ‘conto’ e ‘crônica’, venceu o XX Concurso
Literário Internacional, promovido pela Academia de Ciências e Letras de
Conselheiro Lafaiete (MG), mesmo certame em que conquistou segundo lugar em
‘poesia’.
Em
2014, venceu o XI Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus; venceu o concurso
‘Mil Poesias de Natal’, promovido pela Academia Mateense de Letras, de São
Mateus (ES); venceu o I Concurso Nacional ‘Pé de Poesia’, promovido pela
prefeitura de Nova Odessa (SP); venceu o IV Concurso Nacional de Poesias Prof.
Aparecido Roberto Tonellotti, promovido pela prefeitura de Franco da Rocha
(SP); venceu o IX Concurso Literário Professor Mário Clímaco, promovido pela
prefeitura de Ponte Nova (MG) e conquistou segundo lugar na FLIZO – Festa
Literária da Zona Oeste, promovida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Por fim, venceu o III Abraço Literário Nacional, promovido pela
prefeitura de Gramado (RS).
No ano
seguinte, recebeu a Comenda e o Mérito Rubem Braga, da Academia de Arte,
Cultura e Letras de Marataízes (ES), pelos relevantes serviços prestados à
cultura do Estado do Espírito Santo. Venceu, ainda, o VI Concurso Literário Prof.ª Edith Braga,
promovido pela Associação de Jornalistas do Brasil (Fortaleza-CE); Conquistou
segundo lugar no Concurso Literário Nacional da Academia Divinopolitana de
Letras (Divinópolis-MG), mesmo evento em que venceu na categoria ‘trovas’.
Conquistou segundo lugar no Concurso Literário Rio de Palavras, da Litters
Editora (RJ). Venceu o V Concurso Literário Nacional, promovido pela Academia
de Letras do Taquari (Lajeado-RS). Venceu o VII Prêmio Iepê de Poesia
(Iepê-SP). Encerrando o ano, seu mais novo romance foi um dos
vencedores do Prêmio Oliveira Silveira, promovido pela Fundação Cultural
Palmares e pelo Ministério da Cultura (Brasília-DF).
Em 2016 conquistou
segundo lugar no IV Prêmio Vinícius de Moraes de Poesia, promovido pela
prefeitura de Presidente Vesneslau (SP). Em agosto, iniciou-se o
lançamento, em nível nacional, de seu mais novo romance, um dos vencedores
do concurso nacional promovido pela Fundação Cultural Palmares e pelo
Ministério da Cultura (MinC), em eventos subsequentes, nas
principais capitais brasileiras. Venceu, na categoria ‘poesia’, o XVI Concurso
Literário Nacional JI/AEPTI, promovido pela prefeitura de Itatiba (SP). Venceu
o XI Concurso Sueli Bittencourt de Poesias, promovido pela entidade catarinense
‘Poetas Livres’. Venceu o V Concurso Literário Nacional da Academia
Madureirense de Letras, categoria ‘poesia’. Venceu, na categoria ‘conto’, o XXV
Concurso Literário Internacional Gaya Rasia Alpas 21 (RS).Finalizando o ano,
foi duplamente premiado na categoria ‘poesia’ ao conquistar segundo lugar no IV
Concurso Literário Icoense (Icó-CE) e, também, no VI Concurso
Literário de Itaporanga (PB).
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Última Semana de Para Onde Ir
Para
onde ir no final de semana? Um café com os amigos? Quem sabe, um pouco de
cachaça para quem curte... Que tal teatro? Teatro é sempre uma boa pedida...
Difícil escolher? Não! Você pode ter tudo isso em um lugar só: Casa de Cultura
Laura Alvim, em Ipanema, pertinho da estação de metrô de General Osório. O nome da peça é justamente esse: Para Onde Ir
e tem como bases os autores Fiódor Dostoiévski e Arthur Rimbaud, no caso, suas
respectivas obras, “Crime e Castigo” e “Uma Temporada no Inferno”, linkadas de
forma inteligente por Maria Farrar, conhecido poema de Bertold Brecht.
No
processo de transição de uma referência
para a outra, Yashar Zambuzzi, que também assina a adaptação
dramatúrgica, faz um jogo interessante e dinâmico com a quarta parede. Este é
um dos grandes méritos de Viniani Rayes, que em seu primeiro trabalho como
diretora, já chama atenção do público e da crítica. Depois da consagrada
Blackbird de David Harrower,
peça em que o casal atuou sob direção de Bruce Gomlevsky, não é difícil criar expectativas acerca de Para Onde
Ir, mas, de fato, todas elas foram superadas.
O espaço intimista
é muito bem utilizado. Yashar consegue com maestria manter vivos os
olhos da plateia e dialogar com a mesma em um monólogo de forte dramaticidade e
de difícil digestão a curto prazo. Digo isso porque é o tipo de peça que te
levará a refletir daqui a uma semana, daqui a um mês, quem sabe, até um ano. É
o tipo de peça que o espectador vai carregar na memória por onde andar, em cada
bar que parar, em cada mendigo que encontrar.
Apesar da
temática, e principalmente, pela forma em que é abordada, Para Onde Ir é pura
poesia. Agora que você já sabe para onde ir no final de semana, é só chamar os amigos, lembrando que o espetáculo encerra temporada na Casa de Cultura Laura Alvim, espaço Rogério Cardoso no dia 19 de fevereiro. Sábado será às 20:00 e domingo às 19:00.
Escritor por Brunno Vianna, historiador especialista em História e Cultura da América Latina, dramaturgo e estudante de teatro.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Sobre o livro 'DÊ UM PLAY NA POESIA" de RODOLPHO GABRY
O título é sugestivo, a capa, por si só, já chama a atenção, mas é o prefácio, onde o doutor em História Política, André Sena, disserta sobre o termo "Poesia". Falo do livro "De um Play na Poesia" de Rodolpho Gabry, que conta com algumas participações especiais. Através desta obra, Rodolpho se mostra um dos grandes poetas da geração atual. Sua obra é repleta de sentimentalismo e romantismo. É a prova de que hoje em dia ainda escrevem sobre o amor. As palavras são simples. Não é difícil se identificar com os poemas, já que todos nós sonhamos e em algum momento de nossas vidas, lidamos com a solidão. Solidão, aliás, é um dos poemas mais impactantes. Por outro lado "O Tempo" e "Pedradas" transmitem belas mensagens. "De um Play na Poesia", é um bom livro para termos em nossas cabeceiras. Mais do que isso, é um alento.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Sobre o livro SACANAS DO ASFALTO de Robson Gundin
Certos livros nasceram para virarem filmes. Este é o
caso de Sacanas do Asfalto, escrito por Robson Gundin. Adrenalina é o seu principal
ingrediente de “Sacanas do Asfalto” e o aroma é de rock and roll. Ao primeiro olhar, quando os personagens estão ainda na estrada, este parece apenas mais um livro de aventura, mas já a partir do segundo capítulo a trama ganha fôlego. Quando o leitor dá conta, está preso nela.
Entre os pontos fortes da obra, destaco os personagens, cada um com seu histórico bem detalhado. Aliás, os detalhes são marcantes, o cabelo que balança, a cor da pele, a sensualidade, o nervosismo, as graciosas curvas de Daisy, o chão ensanguentado, tudo narrado com precisão. Não fica difícil para o leitor idealizar Stefani, Rob e Artur.
Outra característica marcante de Sacanas do Asfalto são as referências aos escritores, livros, cantores e músicas. Entre essas referências estão Quentin Tarantino, Beatles e Agatha Christie. Entre os assuntos
tocados, estão os amores virtuais, no caso, entre Rob e Mina. Trata-se
de um prato cheio para a juventude antenada.
No terceiro capítulo nem mesmo a crise econômica
passa desapercebida. A tecnologia, por sua vez, está sempre presente no enredo.
Através das personagens, Robson destaca a importância da internet e das redes
sociais na vida dos novos escritores. Todavia, não é o tipo de livro no qual a mocinha se dá bem no final. Aliás, não é o tipo de livro que tem mocinhas. O clima é pesado, bem pesado, com direito a drogas e orgias. A narrativa não tem pudor, muito menos, tabu.
Já no último capítulo, os sentidos se aguçam. O coração bate mais forte, na espera do que pode acontecer. Literalmente, é um livro que ferve, independente de qualquer coisa.
domingo, 22 de janeiro de 2017
Deu Sarau
Escrever um livro não é o suficiente. De modo geral, a parte mais difícil é a divulgação, pelo menos para os autores independentes. Na busca pelo reconhecimento, o sarau acaba sendo o melhor caminho. O Rio de Janeiro está repleto deles, mostrando que apesar da crise, a cultura, de alguma forma, ainda resiste.
Se engana quem pensa que um sarau se limita à poesia. No sarau cabe tudo, teatro, dança, música, contadores de histórias... E cada um com sua particularidade.
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Os atores BRUNNO VIANNA e ROBERTO MENIGUELO apresentando uma cena de Hamlet no Sarau Bar - Ilha do Governador |
O Sarau do Alemão conta com muitas crianças entre os espectadores e revela muitos talentos de uma das comunidades mais conhecidas do Rio de Janeiro. A violência local acaba sendo um empecilho em algumas edições. Por outro lado, ele se torna o maior veículo de resistência local, refletindo a voz de tanta gente que sofre os mais variados tipos de preconceitos.
Mesmo com essas participações, a dificuldade de manter um público fixo ainda é grande. Felizmente este não é o caso do Sarau Bar, comandado pelas irmãs Karla e Graça, se figurando como um dos principais points culturais da Ilha do Governador, ao lado, do Polo Cultural, tão bem gerenciado por Gilberto D'alma. Tanto no Sarau Bar quanto no Polo, percebemos a riqueza cultural da Ilha do Governador, que se contrasta com a ausência de políticas públicas e espaços para que os artistas locais mostrem suas artes. Outra grata surpresa é o Sarau Descabelados, que acontece na Biblioteca Municipal de Bangu.
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Sarau do Alemão - Morro do Alemão |
No sarau que ocorre mensalmente na sede da Companhia de Arte e Teatro Popular - CATP, o forte são os debates acerca da criação poética e das dificuldades enfrentadas por cada artista e os sorteios de livros. Artistas como Davi Giordano, Bruno Black e Evandro Ferreira engrandeceram o evento com suas participações. Os que não puderam estar presentes, como é o caso de Pedroom Lanne, Vitória Moreira e Pedro Marinho, enviaram livros para serem sorteados.
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Sorteio de livro no Sarau CATP |
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Quinta edição do Sarau CATP que contou com a participação especial do poeta EVANDRO FERREIRA, lançando seu livro Amar com Poesia |
Mesmo com essas participações, a dificuldade de manter um público fixo ainda é grande. Felizmente este não é o caso do Sarau Bar, comandado pelas irmãs Karla e Graça, se figurando como um dos principais points culturais da Ilha do Governador, ao lado, do Polo Cultural, tão bem gerenciado por Gilberto D'alma. Tanto no Sarau Bar quanto no Polo, percebemos a riqueza cultural da Ilha do Governador, que se contrasta com a ausência de políticas públicas e espaços para que os artistas locais mostrem suas artes. Outra grata surpresa é o Sarau Descabelados, que acontece na Biblioteca Municipal de Bangu.
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Sorteio de livro no Sarau CATP |
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Participação especial do poeta BRUNO BLACK do Sarau Descabelados no Sarau CATP |
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Sarau Bar |
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Sarau na Casa D'alma |
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Sarau Bar |
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Os Lúcidos Enlouquecem Mais na CATP - Taquara
No mês de janeiro, a Companhia de Arte e Teatro Popular (CATP)
está mostrando que na vida real e na ficção OS LÚCIDOS ENLOUQUECEM MAIS. Este é
o nome do mais novo projeto teatral do diretor e dramaturgo Brenno Costa.
Apesar do pouco tempo de estrada, Brenno Costa consolida em
seu segundo trabalho, um jeito próprio de escrever, um teatro marginalizado e
provocativo, tanto para o público quanto para os atores Roberto Meniguelo,
Galdy Galdino e Thereza Cristina.
As bebidas álcoolicas e o cigarro mais uma vez se fazem
presentes na obra do autor, movida ao melhor rock and roll, em ritmo tão
intenso que a peça, ao primeiro olhar, pareceu veloz. Isso não se configura um
defeito, pelo contrário, faz parte da dança. Felizmente, o elenco sabe o
momento certo de desacelerar. No geral, estavam todos bem e soltos em cena. O
telefone improvisado, o duelo entre as personagens de Theresa e Roberto e o
momento do tiro me causaram mais impacto. Porém, o começo, com Jack se
drogando, e o final, com o surto da Aline, poderiam ser um pouco mais
demorados.
A prostituta Aline foge do esteriótipo e demonstra certo
desapego, é uma prostituta que ama, servindo de contraste aos demais
personagens. Esse contraste é bem trabalhado pela direção e elenco, que
afrontam sem pudor a onda do
politicamente correto. OS LÚCIDOS ENLOUQUECEM MAIS, sobretudo, é um espetáculo
que ferve. Mais do que isso, faz a plateia ferver.
A peça está em cartaz no mês de janeiro, sempre aos sábados a partir das 20:30. O ingresso custa R$ 20,00, mas quem quiser poderá colocar nomes na lista amiga e pagar R$ 10,00.
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