Eu estava fazendo uma pesquisa sobre os artistas russos,
quando encontrei “Pequenos Burgueses”, peça de Máximo Górki em um sebo.
Justamente pelo fato de ter pouco material de dramaturgia russa, comprei. Não
foram as poucas vezes que comparei as conjunturas do tempo/espaço vinculados à
obra, no caso, o período pré-revolucionário, com a realidade do Brasil contemporâneo.
Sim, a obra, escrita em 1901 se mostra bem atual. Talvez as sociedades é que não tenham mudado tanto assim.
O texto permite uma reflexão sobre a importância da
Filosofia, sobre o armamento e o desarmamento de uma sociedade e sobre o
assédio, temas recorrentes em nossos dias. Há um duelo de convicções e
ideologias, estampado nas falas e nas das personagens, ainda que integrem
o mesmo ambiente familiar. As mulheres
se mostram oprimidas pelas tradições burguesas. As não-casadas eram rejeitadas.
Percebe-se, inclusive, o embrião da revolução na figura do proletário Nil.
“Pequenos Burgueses” foi uma das primeiras peças escritas por Gorki. Sofreu muito com a censura, que não conseguiu impedir o seu significativo sucesso no solo russo. No Brasil, este foi o segundo espetáculo dirigido por Zé Celso do Teatro Oficina, em 1963.
“Pequenos Burgueses” foi uma das primeiras peças escritas por Gorki. Sofreu muito com a censura, que não conseguiu impedir o seu significativo sucesso no solo russo. No Brasil, este foi o segundo espetáculo dirigido por Zé Celso do Teatro Oficina, em 1963.
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